A produção de vinho e o enoturismo nos Estados Unidos não param de crescer, tornando-se uma grande indústria e atração turística. Hoje existem mais de 30 estados americanos que cultivam a bebida de Baco, deixando os Estados Unidos na 4°. posição mundial, em volume produzido.
Atrás desses terroirs de pouca tradição, porém de muita importância para a economia local, Enoacademy desembarca na Geórgia, uma das 13 colônias americana.
Relatos contam que cultivam uvas na Geórgia, desde 1733, por ordem do General James E.Oglethorpe, ao formar a 13° Colônia, exigindo que os colonos plantassem uvas, e, juntamente com a seda, enviassem para a Inglaterra. A idéia de Oglethorpe era que a Geórgia prosperasse na produção de vinho e seda, porém, ambos se mostraram difíceis de alcançar.
Os primeiros colonos chegaram a Savannah e plantaram umas poucas vinhas oriundas da Inglaterra.
Um botânico foi encarregado de coletar sementes, e realizar pesquisas sobre como elas poderiam ser cultivadas na Geórgia, diante de todos os desafios daquela região.
Esta foi uma das primeiras estações experimental agrícola na América. A experiência foi um fracasso: o solo era pobre, o clima frio com muito vento, e as colheitas por várias vezes desapareciam. O vinho tinha que ser importado da Inglaterra.
Não houve produção de vinho até 1737, quando Abraham de Lyon, importou vinhas de Portugal, e, onde outros tentaram e falharam, ele conseguiu, dando atenção meticulosa às suas videiras.
Em 1741, outros tiveram algum sucesso e começaram a fazer vinho. No final do século, no entanto, a produção de vinho estava em um estado terrível.
No início de 1800, a produção teve um aumento, sendo criada, em 1856, a Associação dos Produtores de Vinho. Naquele momento, a Geórgia ocupava a sexta posição na produção nacional.
O cultivo de uva foi tentado no norte com sucesso, ao redor de Gainesville, nordeste de Atlanta, Concord, Martha, Norton’s Virginia, Hartford Prolific, Delaware e

Scuppernong sendo relatados colheitas com resultados significativos nessas regiões. Por todo esse sucesso, a vinificação chegou a um impasse em 1907, quando a Geórgia optou pela proibição,
doze anos antes do restante do país. O único vinho que se permitia, a produção tinha que ser para uso medicinal, religioso ou pessoal. Quando a Lei Seca terminou em 1933 (embora durasse na Geórgia até cerca de 1935) a produção
de vinho caseiro surgiu e a vinificação comercial começou novamente.
Recentemente, em 2003, a rodovia do vinho da Geórgia foi estabelecida no norte da Geórgia com a colocação de placas ao longo das rodovias indicando vinícolas próximas. A estrada do vinho vai do norte ao Young Harris, passando por Clayton e Tiger e depois ao sul até Helen e Braselton, Social Circle e Danielsville, em seguida, dirige-se a noroeste para Ringgold e Crandall no noroeste do estado. Ao longo do caminho, você irá detectar inúmeras placas informando sobre as vinícolas adjacentes. O Departamento de Transportes da Geórgia criou placas de aglomerado de uvas com indicações de milhagem apontando para a vinícola mais próxima.
A Geórgia nem sempre é vista como um mercado de produtos de luxo, mas a produção de vinho começou a mudar de imagem do estado. O vinho resultou em um crescimento econômico positivo, bem como a ascensão do agroturismo refletida no surgimento de uma indústria de hotéis,festivais, eventos, conferências e restaurantes. Existem vinhedos plantados nas seguintes regiões da Geórgia: Nordeste, Norte Central, Noroeste, RegiãovCentral, Região Central Oeste, Região Central Sul, Região Sudeste.
Por escolha pessoal optamos em visitar os vinhedos localizados ao Norte da Geórgia, na cidade de Dahlonega,
que será objeto do próximo post.

Autor do Post Danilo Porthos Schrutt

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