Vale d’Aosta, um terroir para descobrir no norte da Itália!

Olá wine lovers! Como todos os que me acompanham sabem moro na Itália, um país rico de história e cultura e pra não falar da enogastronomia sem igual.

A região Valle d’Aosta, é uma região montanhosa onde se contemplam os alpis e o grande Monte Bianco, existe uma única DOC ( Denominação de origem Controlada.) sem DOCG ou qualquer outra DOC. Considerada a região com os vinhedos mais altos da Europa e do mundo , a mais de mil metros sobre o nível do mar.

São mais ou menos 300 hectares de vinhedos, todos considerados viticultura erótica, pela extrema dificuldade na cultivação sendo zona de montanha. Clima continental, com inverno rigoroso e no verão faz muito calor. Aqui reina as uvas autóctones com 65% do território cultivado, a uva mais usada pra fazer vinho tinto entre as autóctones é a Petit Rouge, depois seguida pela Fulmin e Vien de Nus,o restante dos 35% ficam com Pinot noir, gamay merlot e syrah.

Nessa região entre as as uvas brancas autóctones o destaque fica com a Prier Blanc um monovitigno usado nos municípios de Courmayeur, Morgex, e la salle.

São 3 zonas vinícolas, LAlta Valle, Valle Centrale e a Bassa Valle.

LAlta Valle é aonde nasce o Blanc de Morgex et la Salle, os dois municípios onde é plantada só a uva Prier Blanc, vinho branco com aromas que recordam o limão, ervas aromáticas, com uma ótima acidez e mineralidade notável. Vinho para consumir jovem entre 3-5 anos que saiu no mercado. Uma ótima harmonização que aconselho é com ravioli Di gamberi e branzino.

A Valle Centrale é por assim dizer o Coração da Valle d’Aosta, onde se produz o vinho Torrete, e onde o município com maior superfície plantada se encontra, a Comune de Aymavilles. Aqui as uvas tintas prevalem sobre as brancas o qual já citado Torrete elaborado com a Petit Rouge, principalemente nos municípios de Saint Pierre, Quart e Aymavilles. Aqui se encontra ótimos Fulmin, vinhos feitos com a omonima uva, ótimos com a Carbonade. O raríssimo Vuillermin, cultivado entre os municípios de Chambeve e Châtillon, esse vinho você vai encontrar só aqui, vinho de bons Taninos e de boa estrutura que aconselho com cotoletta valdostana.

Vinhos passitos para sobremesa encontramos na zona de Chambeve, o Muscat Flétri feito com Moscato bianco que harmoniza muito bem com biscoitos de noces.

Na valle Centrale se faz ótimos chardonnays com boa sapididade e frescor com evolução em barris. Harmonização perfeita com salada de crustáceos com limão.

E para concluir nossa viagem pela Valle d’Aosta a Bassa Valle, da Montjovet a Carema onde se chega no final da região e se inicia o Piemonte. Por ser perto da região do Barolo aqui se cultiva muito a uva nebbiolo, aqui existem duas denominações dentro da DOC Valle d’Aosta, a Arnad – Montjovet e Donnas, vinhos tintos de montanha de guarda que harmonizam perfeitamente com uma Fumante Fonduta. E lembrando que em Valle d’Aosta fazem espumantes Método Classico de altissima qulidade.

E pra fechar com chave de ouro fica a dica pra quem gosta de comer bem, de experimentar o prosciutto Jombon de Bosses, único no mundo e claro o lardo de Arnald, duas iguarias sem iguais.

Então gente boa vocês conheceram um pouco dessa linda região da Itália, as pouco conhecida do ponto de vista Vinícolo, qualquer dúvidas ou curiosidade sobre o mundo do vinho é só me escreverem, um forte abraço e até a próxima!

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