Hoje gostaria de falar sobre alguns pseudos vinhos se assim podemos chamar, quero ser claro que aqui exprimo meu ponto de vista, não quero ser o senhor da verdade!
Já faz alguns anos que a cada dia que passa vêem fora novas filosofias e interpretações de um terroir, de uma tradição passada à milênios de geração para geração, ou seja a tradicional arte de fazer vinho.
Cada enólogo deixa uma sua marca no vinho que faz, cada um segue uma estrada mas sem deixar a tradição ou a ligação com a terra, a natureza de lado. Porém é com tristeza que vejo alguns produtores de vinhos seguindo tendências e fazendo que a identidade de um vinho se perca, ou até pior fazem produtos como se fossem vinho para agradar um grupo que quer se destacar dos demais.
É o que acontece com o vinho azul que começou na Espanha ( è tudo menos vinho.) tive a oportunidade de degustar essa bebida, feito a partir de uvas mas colocam colorante no mesmo deixando ele azul, e tem a graduação alcoólica mais baixa que o normal, parece um San bitter de tão fraco que é. Por isso mesmo não é considerado vinho na Europa, sem expressão, ou identidade própria à parte a cor azul.
Outra moda absurda, é o vinho de Maconha, iniciada nos Estados Unidos. Meus amigos podem chamar de destilado ou seja lá o que for, mas vinho teve e tem sua origem na vitis vinifera, vêm da uva e não de outra planta, e nem mesmo se acrescentassem a maconha no vinho, já não seria mais o mesmo. Então saibam que tudo isso não passa de marketing e invenções para ganhar dinheiro, não têm o mínimo respeito pela história dessa bebida milenar que representa várias culturas, e é expressão de um terroir, algo único e natural. É claro que com a evolução da tecnologia nos trouxe a possibilidade de haver vinhos mais bem cuidados, livres de defeitos, podendo assim sentir mais de perto a real identidade das várias castas espalhadas pelo mundo.
Terminando minha reflexão sobre essas fraudes que se passam por vinho, gostaria de dizer que cada um pode beber o que bem entender, mas lembre-se o vinho de verdade não é azul nem vem da maconha, é algo enraizado nas tradicional arte milenar de fazer vinhos nas mais variadas culturas!